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Lua cheia & Eclipse ou como já levámos uma surra outra vez.
Mas! vou partilhar uns insights que chegaram deste mergulho que damos nas profundezas antes de regressar à luz:
1 . A dor é uma chamada de atenção – presta atenção onde e porque dói, integra e resolve.
2. A frustração é uma energia de desconforto que nos impele a agir e a reagir – utiliza-a de forma construtiva, para sair da zona de conforto e do lodo ou lamaçal em que por vezes podemos cair, quando ficamos demasiado passivos ou na preguiça da impotência. A depressão é um sintoma da necessidade da mudança. Não há que ter receio de o reconhecer, o problema é senti-lo mas não criar mudanças.
3. A raiva é um grito marcial que calamos muitas vezes. Não querendo, de todo, encorajar uma reactividade excessiva como forma de vida, mas há que perceber que um “Não!” com eco de Bruce Lee é uma forma de nos amarmos e empoderarmos e criarmos limites, com os outros, e, acima de tudo, connosco mesmos. Se não conseguimos dizer não, o nosso corpo dirá por nós, de uma forma ou de outra.
4. A tristeza é um rio que quer correr e fluir. Não podemos continuar o caminho se estancamos numa barragem de resistência ao evitar olhar o que mais custa olhar. Chorar precede o riso de criança e a alegria pura que podemos resgatar quando temos coragem e humildade.
5. Não chegamos ao nosso destino simplesmente a esperar que ele, de repente, chegue. Temos de ir ao seu encontro. Precisamos abrir e permitir receber. Confiar e amar.
A cura é a transformação e a transformação não acontece sozinha. É preciso vontade e é preciso saber quando parar para integrar as experiências. Se queremos resultados na nossa vida, não podemos saltitar de experiência em experiência, a tentar reproduzir as mesmas sensações, precisamos escutar e processar as coisas, também, no silêncio e na quietude.
A compensação que nos traz mais benefícios não acontece só na aula de Yoga, mas na vida.